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Ultimamente o cinema norte-americano resolveu reeditar clássicos bíblicos, como os títulos das produções evocam o inconsciente da civilização ocidental: construída sobre os fundamentos e valores da mesma história bíblica.
Após o fiasco do filme Noé, do ponto de vista da sua honestidade ao seu mais prestigioso documento a Bíblia - pois estas mesmas produções deveriam se dar conta que não estão manipulando um simples evento histórico, mas um evento de fé; o filme Êxodo consegue se sair pouco melhor sob o mesmo ponto de vista da honestidade para com a Bíblia. Convenhamos que do ponto de vista da produção cinematográfica ambos não deixam a desejar, são de grande qualidade.

Por outro lado, para ser sincero, é bem verdade que, sobretudo em nossos tempos, seria pretensão demais querer esperar do cinema secular o mesmo conteúdo que recebemos dos nossos púlpitos ou faculdades de teologia em relação à Bíblia. O que não seria nenhum mal, visto as raízes de nossa civilização estarem deitadas lá. Mas o mínimo podemos esperar sim, já que o tema toca a sensibilidade religiosa de multidões. E, por isso, podemos nos dar o direito de fazer alguns comentários quanto a isto.
O Noé do filme, não é o Noé da Bíblia - é um Noé sem Deus, poderíamos dizer. Já o Moisés do filme, em alguns momentos, também não é o Moisés da Bíblia. Da mesma forma que a nuance que ganha a história não condiz muito com a narrativa bíblica. Vejamos alguns exemplos - "sem contar o final do filme", se não perde a graça...
O Moisés da Bíblia é pastor e como pastor é chamado e conduzir o rebanho de Israel, simbolizado no seu cajado. O Moisés do filme troca o cajado pela espada, diga-se a mesma do faraó. E não é difícil ler na sucessão das cenas um Moisés muito mais revolucionário que homem de fé.
Deste modo as 10 pragas são perfeitamente explicáveis - assim como duas cenas insinuam a respeito da passagem do Mar dos Juncos ou Mar Vermelho: uma sucessão de eventos naturais tranquilamente explicáveis do ponto de vista científico ou racional.
E o drama aumenta - para o espectador de fé ou que pelo menos conhece a Bíblia - quando Moisés dá sinais de incompreensão e não aceitação do evento pascal, sobretudo à passagem do anjo exterminador sobre o Egito naquela noite. (Isso para não dizer sobre a imagem de Deus: um menino às vezes intransigente, às vezes com as feições de um monge budista do Tibete).
O resto é bom ver... como disse: a produção é boa. A honestidade para com a Bíblia, tanto dos judeus quanto dos cristãos, nem tanto. Talvez aprendam nos próximos. Esperamos.
E já que não tenho como separar minha leitura teológica destas produções, eis algumas considerações também a este respeito. Não sei se foi intencional, mas percebi duas tendências interpretativas dos eventos do Êxodo muito em alta no século passado e que muito influenciaram nos ambientes cristãos em relação à história da Salvação, uma no início a outra mais para a segunda metade. De um lado a voracidade do método histórico-crítico em relação aos textos sagrados, onde a intervenção da Providência e os milagres devem ser explicados minuciosamente do ponto de vista racional, assim sendo esvaziados em si mesmos e consequentemente o seu significado mais profundo para própria história da Salvação. Depois de que há também sinais claros da hermenêutica marxista do Êxodo, prova disso é o Moisés revolucionário em detrimento do homem de fé próprio do ambiente bíblico: até certo ponto é Moisés o artífice da história, enquanto Deus segue como mero espectador... Certamente uma e outra interpretação da Bíblia são parciais e se tornam perigosas se tomadas como totalizantes e contrapostas ao ensinamento de sempre da Igreja.
Mas o filme termina, na minha opinião com uma bela imagem, se ligada aos últimos dizeres do grande líder dos hebreus na marcha pelo deserto: God is with us! Deus está conosco!