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5. CASAMENTO - SACRAMENTO INDISSOLÚVEL?



ACUSAÇÃO: Por que a Igreja católica proclama o matrimônio como sacramento indissolúvel? Os outros crentes adotam simplesmente a lei civil sobre o casamento e o divórcio. Qual é o ensinamento da Bíblia?


RESPOSTA: a) A Bíblia não deixa nenhuma dúvida a respeito da indissolubilidade do matrimônio, como consta de Mt 19,3-9. Nesta disputa com os fariseus acostumados a repudiar facilmente as suas mulheres, Jesus lhes responde: "Não lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e disse: Por isso deixa o homem pai e mãe e une-se com sua mulher e os dois formam uma só carne? ... Não separe, pois, o homem o que Deus uniu".


Acrescentaram eles:


"Então, por que Moisés mandou dar-lhes libelo de repúdio e despedi-la? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração, permitiu-vos Moisés repudiar as vossas mulheres, mas no princípio não era assim".

E agora, com a autoridade do divino Legislador, Jesus restabelece a ordem primitiva, declarando: "Ora, Eu vos digo: Todo o que despedir a própria mulher, salvo o caso de concubinato, (e não de adultério, como traduzia-se erradamente), e casar-se com outra, comete adultério; e quem casar-se com uma repudiada, comete adultério".


Em I Cor 7,10-11 S. Paulo reafirma a indissolubilidade do matrimônio escrevendo: "Aos casados mando ( não eu, mas o Senhor ) que a mulher não se separe do marido. E, se ela estiver separada, que fique sem casar, ou se reconcilie com seu marido. Igualmente o marido não repudie sua mulher".


Portanto, segundo as expressas declarações da Bíblia, não há mais lugar para o divórcio e novo casamento, entre os cristãos casados.


b) Sacramento. Na carta aos Efésios (Ef 5,25-33), São Paulo recomenda aos maridos amarem suas esposas, "como Cristo amou sua Igreja e se entregou a si mesmo por ela, a fim de a santificar... para que seja santa e irrepreensível",e acrescenta: "Esse mistério (= sacramento) é grande, quero dizer, com referência a Cristo e a Igreja.


Por esse mistério ( sacramento ) o contrato natural do matrimônio, e a convivência cotidiana do casal cristão, representando e encarnando o amor fecundo de Cristo à sua Igreja, é elevado a uma nova dignidade e realidade transcendental, ou ao plano sacramental.


É verdade que nos primeiros séculos, nos tempos da perseguição, o sacramento do matrimônio não tinha ainda fórmulas prescritas, e era contraído no ambiente familiar; mas a Igreja Católica nunca o entregou às autoridades civis do Estado, ( como fazem muitos "Protestantes"), e depois prescreveu em pormenores as exigências para sua válida celebração na Igreja .


c) Mesmo que a Igreja Católica nunca aprove o divórcio, em alguns casos o tribunal Eclesiástico do Matrimônio pode declarar a nulidade dum "matrimônio", quando depois de séria investigação fica provado que, na celebração de tal "casamento" na igreja, faltaram condições essenciais para sua validade, exigidas pela lei da Igreja, ( idade, liberdade, etc. ). Isso não é concessão do divórcio, mas apenas uma declaração de que apesar da cerimônia religiosa, o tal "matrimônio" não era validamente contraído, isto é, nunca se realizou.


d) Para todos os casados vale a exortação bíblica da carta aos Hebreus: "Seja por todos honrado o matrimônio, e o leito conjugal sem mácula; porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros" ( Hb 13,4 ).


Fonte: Livrinho Pe. Vicente, SVD



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